Alimento quase que indispensável no prato de muitos brasileiros ao longo dos anos, a carne bovina já não aparece com frequência mais. Estimativa que acaba de ser divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que o consumo dela deve cair, até dezembro, ao menor nível em 26 anos.
Segundo a Conab, o consumo deve cair para 24,8 kg por pessoa, menor proporção da série histórica, iniciada em 1996. Fazendo uma rápida comparação ao período pré-pandemia, em 2019, a média de consumo anual por pessoa era de 30 kg.
O melhor ano da série história foi 2006, quando a proporção da carne bovina chegou a quase 43 kg por brasileiro. Os cálculos da Conab são feitos a partir dos números de produção nacional e importação, subtraindo o volume exportado.
Para a entidade, entre os fatores que influenciam no resultado destaque para a crise causada pela pandemia de covid-19, com alta de preços e perda do poder de compra do consumidor.
Em Pará de Minas, a Plena Alimentos, que é um dos maiores frigoríficos do Brasil, confirmou a queda no consumo. Segundo o gerente da Casa de Carnes, Ricardo Lucas da Silva, as pessoas continuam levando, mas a quantidade é visivelmente menor.
O que tem ajudado os frigoríficos a driblar esse cenário é a variedade dos produtos comercializados. Ricardo Silva dá o exemplo do que ocorre na Plena.
Com relação à produção de carne, a estimativa da Conab para a carne bovina é que 2022 vai fechar o ano com mais de 8 milhões de toneladas, o menor número em 20 anos. Já em relação aos suínos, é esperada a maior produção da série histórica, estimada em 4,84 milhões de toneladas, enquanto a de aves deve se manter próxima a 15 milhões de toneladas.
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