Passado o auge da pandemia de covid-19, autoridades e profissionais da área da saúde têm agora um novo desafio para superar: amenizar o impacto da crise sanitária no tratamento, prevenção e diagnóstico de câncer.
Com hospitais lotados e o medo de contrair o vírus em alguma unidade de saúde, seja ela pública ou privada, muitos pacientes interromperam o tratamento ou não quiseram realizar exames de prevenção nos dois últimos anos.
Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Oncologia (SBOC) mostrou que 74% dos oncologistas clínicos relataram que um ou mais pacientes interromperam ou adiaram o tratamento por mais de um mês durante a pandemia.
Ainda de acordo com o estudo, os procedimentos em que os pacientes mais enfrentaram dificuldades no período foram cirurgias e exames de seguimento.
Outro levantamento feito pela mesma entidade, tendo como referência dados do Ministério da Saúde, identificou que na comparação com 2019, foram realizadas mais de 19 mil cirurgias oncológicas a menos em 2020 e mais de 15 mil a menos em 2021.
Para a oncologista clínica da Dom Oncologia, Dra. Patrícia Azevedo Diniz, o momento é de união no sentido de que seja reforçada a conscientização sobre a necessidade de manter o tratamento e os exames preventivos em dia. Segundo ela, quanto mais cedo for identificado o câncer, maiores as chances de sobrevida.
Dra. Patrícia Diniz explicou que as causas de câncer são diversas, mas existem alguns fatores de risco que aumentam as chances de um diagnósticosão motivos que podem ser evitados e ajudam, não apenas na prevenção, mas também em uma série de outros males.
A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), divulgada antes da pandemia, era que seriam registrados 626 mil novos casos de câncer por ano no Brasil entre 2020 e 2022.
Segundo dados do DataSUS, plataforma do Ministério da Saúde, exclusivamente no sistema público, foram 351 mil novos casos diagnosticados em 2020 e 368 mil novos casos em 2021.
Fotos- Arquivo Santa Cruz FMHá 0 comentários. Comente essa notícia.
