O mercado de veículos usados encerrou o ano com menos vendas na comparação com 2021.
Segundo levantamento da Fenauto, associação dos lojistas do setor, foram negociados 13,2 milhões de comerciais leves, pesados e motos, representando uma queda de 12% em relação ao anterior, quando foram vendidos mais de 15 milhões de unidades.
O segmento mais afetado foi o de automóveis, cujas vendas caíram quase 13%. Já as motos tiveram redução de 9,4%, sendo vendidas 2,9 milhões de unidades ao longo de 2022.
Para a Fenauto, a retração do setor é reflexo da instabilidade econômica no ano passado, principalmente com o aumento da taxa de juros, e das incertezas provocadas pela guerra na Ucrânia e o cenário político polarizado durante as eleições.
O mercado em Pará de Minas não fugiu desse cenário e também sentiu as consequências. No entanto, apesar dos problemas, empresários do setor não consideram 2022 uma decepção. Eles acreditam que o balanço final está dentro do esperado e dá esperança de uma retomada nas vendas.
Proprietário de uma revendedora na cidade, José Augusto Soares Ferreira, diz que um dos obstáculos do mercado no ano passado, foi lidar com a escalada de preços dos veículos usados.
Outro fator que motivou a queixa ao longo de 2022 foi a dificuldade das revendedoras em encontrar veículos para comprar. José Augusto diz que o cenário atual é melhor, mas as empresas ainda têm obstáculos na hora de comprar:
José Augusto também comentou sobre a venda do Volkswagen Gol, um dos modelos mais vendidos no país nos últimos anos. A montadora anunciou o fim da fabricação do carro no Brasil após 27 anos. Ele acredita que a decisão não deve afetar a venda nem o preço deste modelo no mercado de usados.
O mercado trabalha agora com a possibilidade de redução de preços dos veículos. Especialistas projetam aumento da oferta de carros, tanto novos quanto usados, além da demanda, o que deve jogar os valores para baixo. Contudo, não acreditam que chegarão aos patamares pré-pandemia.
Há 0 comentários. Comente essa notícia.