A violência contra a mulher não é de hoje. Infelizmente ela faz parte da história da humanidade, mas com o passar dos anos tem crescido assustadoramente. E é esta realidade que deve predominar nas discussões deste mês, que é dedicado ao sexo feminino.
O Dia Internacional da Mulher é lembrado em 8 de março que, neste ano, vai cair na próxima quarta-feira. Mas todos os outros devem ser marcados por eventos que, de uma forma ou outra, coloquem em evidência o papel delas na família, na sociedade e no mercado de trabalho.
Mesmo reconhecidas pela sua importância, principalmente por gerar vidas, a violência contra elas não para de crescer. Segundo as estatísticas, no Brasil 30 mulheres são agredidas fisicamente a cada hora. O outro dado é ainda mais assustador: uma mulher é vítima de estupro a cada 10 minutos, enquanto três são vítimas de feminicídio por dia.
Já o relatório da Organização Mundial de Saúde indica que uma a cada três mulheres em todo o mundo (ou seja, 736 milhões de pessoas), sofre violência física ou sexual por um parceiro íntimo. Até quando? Esta é a pergunta que mais se ouve hoje em dia e uma das respostas está na falta de uma reflexão mais profunda sobre as diferenças de sexo.
A psicóloga Andréa Moreira, coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade de Pará de Minas (Fapam), tem falado muito sobre isso. Na visão dela, parte das agressões contra o chamado ‘sexo frágil’ se deve à incompreensão dos homens sobre as diferenças biológicas.
Com o projeto de lei em fase de votação na Câmara Municipal, propondo a partir de 2024 a instituição do Dia de Enfrentamento da Violência contra as Mulheres e as ações desenvolvidas por entidades, empresas e voluntários, espera-se que esta realidade mude. Pará de Minas registrou no ano passado 494 casos de violência doméstica e familiar, segundo registros policiais. O desafio agora é fazer esse número descer rapidamente.
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