Um alerta emitido pelos satélites provocou uma denúncia de repercussão nacional no município de Pompéu, que fica a 120 kms de Pará de Minas. De acordo com o relatório emitido pelo MapBiomas, quase 17 hectares de um imóvel rural foram desmatados há quatro meses.
No local, ainda é possível observar várias árvores derrubadas e o rebanho espalhado pela região. Em outras áreas de Pompéu também foram descobertos desmatamentos maiores, próximos às margens de um rio, em área considerada de preservação permanente.
O satélite também registrou estragos em outro ponto, onde mais de 260 hectares de mata vieram abaixo. Nesta área existem 30 imóveis registrados no Cadastro Ambiental Rural, o que permite identificar os responsáveis.
Quando se menciona a palavra desmatamento no Brasil, as pessoas logo fazem associação imediata com a Amazônia mas, para espanto geral, o bioma de Pompeu tem se degradado rapidamente.
O levantamento do MapBiomas também revelou que o Cerrado teve, proporcionalmente, a maior alta no desmatamento entre os seis biomas brasileiros em 2022, com o aumento de 31% na área devastada em relação a 2021.
A Prefeitura de Pompéu disse que os terrenos denunciados não têm autorização do município para desmatamento. Já a Secretaria de Estado de Meio Ambiente ainda não se manifestou.
A situação deve parar na Justiça, tendo em vista que o Código Florestal determina que os imóveis rurais no Cerrado, como é o caso de Pompeu, tenham até 35% de reserva legal. Já na Amazônia, a exigência é muito maior, obrigando os proprietários a manter 80% de florestas em pé.
O monitoramento constante aos Cerrados se deve ao fato deles serem grandes produtores de água no país, além de assegurar o ar puro que nós respiramos. Por isso, a degradação desse ambiente é muito ruim para a produção e para a qualidade de vida da população.
O Ibama tem expertise e tecnologia para monitorar essas áreas e quando há um desmatamento, automaticamente, o sistema gera um alerta para a fiscalização da propriedade em questão.
Foto Ilustrativa: Assessoria de Comunicação do Ibama/ReproduçãoHá 0 comentários. Comente essa notícia.