Com 11 casos registrados em Minas Gerais e 4 mortes somente em 2023, a febre maculosa continua preocupando autoridades de saúde. O medo é com a prevalência do tempo seco, que propicia a reprodução do carrapato estrela, hospedeiro da bactéria que provoca a doença.
A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril, aguda e de gravidade variável, transmitida muitas vezes pela picada do carrapato. Não existe uma vacina que evite o estágio grave da enfermidade, sendo que a melhor forma de prevenção são as medidas de controle do parasita transmissor.
A médica infectologista Fabiane Scalabrini alerta a população, especialmente de áreas rurais, para os cuidados à febre maculosa. Segundo ela, não é necessário ter visto a picada do carrapato, mas sim, ter estado em locais onde a presença dele é provável.
Ainda de acordo com a especialista, as pessoas devem ter muita atenção aos sintomas da febre maculosa, que são parecidos com os de outras doenças.
Em números nacionais, até o mês de junho, foram confirmados 53 casos da febre maculosa. As regiões de maiores concentrações são Sudeste e Sul do país, segundo dados do Ministério da Saúde. A dica da médica infectologista para aqueles que frequentam áreas em que o carrapato estrela hospede é usar roupas claras e calçados fechados, além de proteger os animais de estimação e manter a higiene dos canis, das vasilhas de ração e água, dentre outros.
Uma novidade sobre a doença é que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo produto para ser utilizado no diagnóstico da febre maculosa. Ele pode detectar a presença das bactérias que causam a doença, a partir da identificação de material genético desses microrganismos no sangue do paciente. Este é o segundo teste para diagnóstico de febre maculosa registrado no país.
Fotos: Reprodução Ipsemg/Divulgação e Youtube IpsemgHá 0 comentários. Comente essa notícia.