A rotina dos catadores de recicláveis da Ascamp em Pará de Minas não tem sido fácil.
Se por um lado a população se mostra mais consciente na separação dos materiais para facilitar a coleta, de outro aparecem os chamados “atravessadores” que atropelam a associação, levando boa parte dos itens descartados ela população.
Quem confirma esta situação é Mauro Lúcio da Silva, um dos associados à Ascamp. Segundo ele, o problema se repete diariamente quando a equipe junta todo o material, deixando em alguma esquina até a passagem do caminhão:
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Mauro Lúcio já tentou pedir ajuda às autoridades e até à polícia, mas a ação rápida dos atravessadores faz com que eles não sejam descobertos e a situação continua impune. Desanimado, o catador revela que este não é o único problema enfrentado pela equipe da Ascamp.
É que a venda dos recicláveis também não tem alcançado resultados financeiros satisfatórios. O barateamento de alguns itens e a dificuldade de negociação com as usinas de reciclagem têm baixado muito o faturamento da entidade:
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Apesar das dificuldades, Mauro Lúcio e os quase 50 catadores associados à Ascamp, continuam empenhados na atividade. Eles têm consciência que o trabalho contribui muito com o meio ambiente, evitando que um volume ainda maior de resíduos seja lançado no aterro sanitário.
É também essa atividade profissional que garante o salário de todos os catadores, para manutenção de suas famílias. O que há de positivo nesta história é que a população vem se mostrando mais consciente da responsabilidade na separação do lixo doméstico. Segundo Mauro Lúcio, boa parte dos paraminenses contribuem nesse sentido.
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