A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) voltou a cobrar a tributação sobre as importações do comércio eletrônico.
Em entrevista à rádio O Tempo, de Belo Horizonte, o presidente da entidade, Flávio Roscoe, disse que a cada dia o comércio chinês toma conta de um pedaço do varejo brasileiro e não deixa um real de tributos.
Ainda segundo Roscoe, se a situação continuar, o custo do governo brasileiro com a população será maior, pois muitas empresas não conseguirão manter o funcionamento por causa do que ele classificou como “comércio eletrônico subsidiado”.
A opinião do presidente da Fiemg é compartilhada por muitos comerciantes de Pará de Minas. Milton Guimarães, por exemplo, proprietário da Casa Guimarães e ex-presidente da Ascipam, vai além.
Em conversa com o Jornal da Manhã, Milton ele disse que o governo deve rever a tributação sobre o comércio digital nacional, pois muitas lojas físicas estão ficando sem movimento e condições de manter as atividades.
No final de dezembro do ano passado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a taxação do e-commerce por meio do imposto de importação é uma medida "controversa" no governo e, também, no Congresso Nacional.
A posição do ministro foi um balde de água fria em muitos empresários, já que ao longo de 2023, a equipe econômica avaliava instituir um imposto de importação federal para as encomendas internacionais feitas em sites estrangeiros. Segundo Haddad, a decisão será tomada quando estiver amadurecida.
E enquanto isso, o comércio no meio virtual só cresce. Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, o faturamento das vendas superou a marca de R$ 80 bilhões no primeiro semestre do ano passado. O valor é 2% maior que o resultado dos seis primeiros meses de 2022. Entre os segmentos mais procurados estão eletrodomésticos, moda, alimentos e bebidas, eletrônicos, telefonia e informática.
Fotos: Amilton Maciel e Ilustrativa Reprodução pixabay.com
Há 0 comentários. Comente essa notícia.