A vida dos pecuaristas de leite não tem sido fácil no Brasil, nesses últimos dois anos. Nem mesmo o aumento do preço em nível de produtor por um período em 2023 foi suficiente para suprir as necessidades do setor.
Muito se discutiu sobre a necessidade das políticas de incentivo para os produtores e, até mesmo, medidas que dificultassem a entrada do leite importado, visto como grande vilão para a pecuária leiteira nacional.
Mas para entender a situação do mercado de leite é preciso avaliar o contexto que envolve importantes atores no cenário internacional desde 2023. O coordenador técnico estadual de bovinocultura da Emater, Nauto Martins, diferencia as situações:
Segundo Nauto, com o aumento da oferta os preços caíram para o produtor quanto para o consumidor e com isso os pecuaristas ficaram sem estímulos para investir em seus planteis, o que vem refletindo em perdas para o setor. Este cenário segue impactando nas negociações do leite:
Nauto Martins também explica o motivo dos produtores internacionais conseguirem negociar o leite a preços mais atraentes para a indústria de laticínios.
Ao ser perguntado sobre as expectativas de melhora para o setor, o diretor técnico da Emater evitou faltar em esperanças e fez um alerta para os desafios que virão.
Outra orientação importante da Emater, é quanto à importância de investimentos na gestão eficiente dos negócios. Segundo Nauto, é importante seguir atento às questões ambientais, buscar assistência técnica de qualidade e a adotar boas práticas de produção.
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