O sarampo voltou ao centro das atenções da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ao avaliar o aumento dos casos da infecção, a entidade disse estar “extremamente” preocupada com a situação em quase todas as regiões do planeta.
Dados fornecidos pela OMS mostram que foram notificados mais de 300 mil casos de sarampo ao longo de 2023, um aumento de 79% em relação ao ano anterior. As estatísticas também apontam que 51 países tiveram grandes surtos da doença contra 32 em 2022.
O Brasil não consta entre os países com maior quantidade de casos da doença. Por aqui, os últimos registros aconteceram em 2022, mas isso não quer dizer que a situação seja totalmente favorável. O receio é que a queda da cobertura vacinal nos últimos meses facilite a volta da circulação do vírus.
De acordo com o secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, a imunização do público infantil com as doses da tríplice viral – sarampo, caxumba e rubéola – é a maior preocupação no momento. No ano passado, Minas Gerais teve 71% de cobertura das duas doses completas, resultado aquém do índice preconizado, que é de 95%.
Baccheretti explicou que as ações estão sendo realizadas para incentivar os municípios e os cidadãos sobre a vacinação.
Ainda de acordo com o secretário, o maior desafio das autoridades e profissionais de saúde é com relação às fake news e correntes antivacina.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) determina, no artigo 14, que é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias, independente do imunizante e da doença. O sarampo é uma enfermidade infecciosa grave e pode levar à morte. A transmissão acontece quando a pessoa infectada tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas.
Os principais sintomas são manchas vermelhas no corpo e febre alta, acompanhadas de tosse seca, irritação nos olhos, nariz escorrendo ou entupido e mal-estar intenso. A maneira mais efetiva de evitar o sarampo é a vacinação. As doses estão disponíveis na rede pública de saúde de Pará de Minas.
Fotos: Germano Santos - Rádio Santa Cruz FM e Ilustrativa: ReproduçãoHá 0 comentários. Comente essa notícia.
