Ansiedade, depressão, dores no corpo e Síndrome de Burnout são os problemas mais comuns relatados pelos professores. Afinal, muitos deles precisam manter uma jornada dupla ou até tripla para conseguir um bom salário.
Esta relação entre trabalho e a saúde física e mental faz parte de um projeto realizado pela pesquisadora Nayara Ribeiro, pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Ciências Fonoaudiológicas da Faculdade de Medicina da UFMG.
Ela é autora do estudo ‘Fatores psicossociais e satisfação com o trabalho de professores no Brasil e Portugal’, apontando que os docentes podem apresentar, ao longo da carreira, transtornos mentais, ansiedade, depressão, e até problemas físicos como dores musculares.
Em conversa com o JM a estudiosa apontou que os desafios da docência são muitos. Além de trabalhar em sala de aula, os professores precisam levar trabalho para casa, comprometendo o tempo de descanso, o que acarreta em mais problemas de saúde física e mental.
Nayara Gomes também aponta a desvalorização da profissão e a insatisfação com o trabalho, como fatores geradores de stress:
A pesquisadora destaca a pesada carga horária dos educadores como um dos fatores que comprometem a saúde dos profissionais.
Perguntada sobre o que seria necessário para evitar que os profissionais da educação caíssem nesse ciclo de stress e esgotamento, Nayara explicou.
A estudiosa também defende que, para minimizar os impactos do adoecimento de professores, seria necessária a adoção de políticas públicas com cuidados direcionados à promoção e prevenção da saúde.
Ela também acredita que os quadros podem ser melhorados se houver ações de apoio social no âmbito das escolas para aliviar demandas, carga horária e equilibrar trabalho e vida pessoal.
Foto Ilustrativa: Reprodução pixabay.comHá 0 comentários. Comente essa notícia.
