Os protestos dos motoristas diante da alta do etanol levou o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Minas Gerais a se manifestar. Em nota, o Minaspetro afirma que o problema está sendo causado pelo encarecimento dos custos nas usinas produtoras.
De acordo com a entidade, o preço do etanol nas usinas já subiu mais de 20% neste ano. O sindicato diz que a elevação dos preços é de se preocupar, principalmente porque o combustível de cana tem se mostrado mais competitivo na bomba, uma opção viável e sustentável para o motorista no momento da compra.
Já a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais informou que, com o início da nova safra que começou oficialmente no dia 1º de abril, haverá alta disponibilidade do combustível nos postos mineiros nos próximos meses, o que pode mantê-lo como mais vantajoso para os motoristas.
Ele já está mais viável na comparação com a gasolina. Apesar da alta de preços nas últimas semanas, o valor médio do litro do combustível em Minas é de R$ 3,58, inferior a 65% do preço da gasolina, que encerrou o mês de março a R$ 5,59 o litro.
Em Pará de Minas, segundo dados do aplicativo Educação Fiscal, o valor do etanol comum está variando de R$ 3,68 a R$ 3,95, enquanto a gasolina custa entre R$ 5,36 e R$ 5,99 o litro.
No entanto, mesmo com a confirmação do volume maior de etanol nos postos, a associação não soube precisar como ficará o preço nas bombas nos próximos meses, uma vez, que os números dependem de um contexto amplo e custos crescentes de produção.
E em relação à defasagem do preço da gasolina no Brasil em comparação com o mercado internacional, o Minaspetro também publicou nota.
O sindicato cita um cálculo feito pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), que afirma que a gasolina no Brasil está R$ 0,56 mais barata que no mercado internacional. Já o diesel estaria R$ 0,36 abaixo do valor praticado fora do país.
Ainda de acordo com a nota, desde 2023 a Petrobras não tem sido clara quanto aos critérios do Preço de Paridade de Importação (PPI), o que tem causado falta de previsibilidade aos donos de postos quanto aos futuros reajustes e, consequentemente, aos consumidores.
Foto: Renato Fernandes - Rádio Santa Cruz FM
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