Mais um estado anunciou medidas para tentar conter a importação do leite em pó de países do Mercosul e fortalecer os produtores locais de leite.
Classificado como o terceiro maior produtor da proteína do Brasil, com quase 4 bilhões de litros por ano, o estado do Paraná publicou um decreto alterando a cobrança do ICMS na importação do leite em pó e do queijo mussarela.
Até então, a importação de qualquer laticínio no Paraná tinha isenção total de ICMS. Com as mudanças, os produtos importados passam a pagar taxa de 7%, valor mínimo de cobrança do imposto. Segundo o estado, como ambos os itens fazem parte da cesta básica, não podem ser taxados na alíquota cheia de 19,5%.
A regra passa a valer para as indústrias, que são as principais importadoras do leite em pó e do queijo mussarela. Embora seja uma medida regional, as mudanças aplicadas no Paraná são comemoradas por produtores de todo o país, pois elas representam mais um movimento de combate aos elevados números de importação do leite.
Segundo o presidente do Sindicato Rural de Pará de Minas, Eugênio Diniz, quanto mais força a mobilização tiver, maiores as chances de os pecuaristas serem ouvidos e terem suas reivindicações atendidas.
Para Eugênio Diniz, é preciso mais ações de combate à importação e ajuda ao produtor de leite. Ele destaca três medidas imediatas que podem auxiliar a categoria.
E a boa notícia para o produtor é que o preço do litro do leite está melhorando pouco a pouco agora em 2024. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a primeira cotação do preço em Minas Gerais neste ano foi de R$ 1,96, no dia 2 de janeiro. Já no último dia 1º de abril, o litro do leite pago ao produtor mineiro foi de R$ 2,20.
Os pecuaristas torcem para que os números de venda continuem avançando ao passo que as importações diminuam para que a procura pelo produto nacional volte a ganhar força.
Foto: Imagem de NoName_13 por PixabayHá 0 comentários. Comente essa notícia.