O período crítico das chuvas já passou, no entanto muitos paraminenses temem por outros temporais na cidade. O medo é legítimo, visto que as mudanças climáticas têm provocado fenômenos naturais cada vez mais potentes e inesperados.
O ambientalista Milton Santana é uma testemunha do quanto as enchentes já castigaram Pará de Minas, sobretudo na região da Várzea, às margens do Ribeirão Paciência.
Ele mora naquela região há mais de 40 anos e já vivenciou diversas enchentes, com destaque para os registros de 1984 e 2021 quando o nível da água e a força da correnteza provocaram muitos prejuízos para toda a vizinhança.
Em conversa com o JM, Milton disse que não tem boas expectativas e até alerta o poder público a realizar um trabalho preventivo no ribeirão.
Ele defende a ideia de que é preciso garantir que o curso d’água tenha condições de receber um volume de chuva elevado como, por exemplo, o que foi registrado no último dia 23 de março, em torno de 130 mm em poucas horas.
Milton também orienta que as lagoas secas construídas no município, ao longo do curso do Córrego Água Limpa, precisam de constante monitoramento.
E também chama atenção sobre a necessidade do plantio de árvores no entrono delas, transformando-as numa espécie de vale. Segundo ele, as raízes destas plantas é que vão garantir sustentação, evitando deslizamento dos barrancos no futuro.
Fotos: Arquivo Rádio Santa Cruz FMHá 0 comentários. Comente essa notícia.
