Médicos ortopedistas estão alertando famílias que têm idosos em casa para uma situação preocupante e cada vez mais comum – os acidentes domésticos.
Segundo levantamento oficial, feito através do cruzamento de dados do SUS, em dez anos dobrou o número de atendimentos hospitalares de idosos por queda no país. Em 2013 foram 16.535 e em 2023 mais de 33 mil.
As mortes também aumentaram muito, saltando de 4.816 para mais de 10 mil na última década, o que dá uma média de 28 óbitos por dia. Já em Minas Gerais, o aumento das mortes em consequência de quedas foi ainda maior, saltando de 431 para 1.200, ou seja, crescimento de 176%.
Daí a necessidade das pessoas redobrarem os cuidados porque tropeçar e cair quando se tem mais de 60 anos pode significar o fim de uma vida independente para a execução de tarefas simples do dia a dia.
Entre os motivos dos acidentes domésticos está o envelhecimento da população brasileira, já que o número de idosos cresceu 57% nos últimos 12 anos. Mas existe outra situação que tem chamado atenção dos pesquisadores, que é a maior independência dos idosos.
Há 20 anos, a grande maioria deles morava com a família ou um acompanhante. Hoje, de modo geral, o idoso mora sozinho e sai para todo lado. Segundo o ortopedista Ronaldo Rios, essa nova realidade mais independente é sinal de que a terceira idade está mais saudável, no entanto, os cuidados com a saúde não devem ser deixados de lado.
É que o risco de quedas aumenta devido ao envelhecimento da musculatura, que fica mais fraca e com o reflexo diminuído. Por isso, uma queda banal em casa, que não causaria nada a um jovem, pode gerar problemas sérios em um idoso.
Aliás, as quedas são a terceira causa de morte das pessoas com mais de 65 anos no Brasil e o risco de óbito é maior até um ano após o acidente. Quando acontece, por exemplo, a fratura do quadril, 80% dos pacientes não voltam a ser exatamente como eram antes.
Foto Ilustrativa: Reprodução pixabay.comHá 0 comentários. Comente essa notícia.