Tem crescido o preconceito contra pessoas LGBTQIA+ dentro das empresas, segundo constatação de um estudo realizado pela plataforma LinkedIn.
A pesquisa aponta que quatro em cada dez pessoas que se identificam como LGBTQIA+ relatam ter sofrido discriminação no ambiente de trabalho, e o que preocupa é que o preconceito no meio corporativo cresceu, se comparado a levantamentos de anos anteriores.
O dado preocupa profissionais da áreas de Saúde e Recursos Humanos, já que cenários como este comprometem, não só o ambiente de trabalho quanto a saúde mental dos trabalhadores.
Em conversa com o psicólogo, Marcelo Guaraciaba, quando se fala em preconceito contra pessoas LGBTQIA+, nem sempre estamos tratando de atentados quanto à integridade física. O profissional lembra que existem outros tipos de violências, que destroem as vitimas por dentro.
Marcelo lembra que este tipo de preconceito pode gerar diversos impactos na vida das pessoas, que vão deste transtornos depressivos e ansiedade, chegando até mesmo ao bornout.
O psicólogo explica que muitas vezes, por medo de sofrer algum ato de LGBTfobia, as vitimas acabam reprimindo os sentimentos e comportamentos, evitando manifestar publicamente sua expressão de gênero ou orientação sexual. Situações que as levam ao isolamento.
A fim de evitar situações como esta e combater o preconceito, não só nas relações trabalho, mas também nas relações de forma geral, o psicólogo aponta a necessidade de um trabalho de conscientização.
Marcelo acredita que os colegas de trabalho, chefes e qualquer outra pessoa da sociedade, devem aprender a lidar com a diferença, buscando um tratamento mais igualitário e respeitoso.
O psicólogo também cobra mais investimento em prevenção contra a LGBTfobia, partindo das empresas, a fim de garantir ambientes mais seguros e acolhedores para todas as pessoas.
Vale lembrar que não existem leis trabalhistas específicas sobre o direito das pessoas LGBTQIA+ no Brasil, mas desde 2019 a homofobia é criminalizada como conduta atrelada à Lei de Racismo. A prática da lei contempla atos de “discriminação por orientação sexual e identidade de gênero”.
Fotos: Arquivo Pessoal (Marcelo Guaraciaba) e Ilustrativa Eduardo Franco/Rádio Santa Cruz FMHá 0 comentários. Comente essa notícia.