Depois de dividir bastante as opiniões dos brasileiros o horário de verão, pretendido pelo governo federal a partir de novembro, agora causa divergências entre o comércio e a indústria.
Alguns setores do varejo projetam alta nas vendas, mas especialistas afirmam que adiantar o relógio em uma hora pode acarretar danos à saúde e aumentar o risco de acidentes de trabalho.
De acordo com documento apresentado pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), a mudança no ciclo do sono pode causar cansaço e irritabilidade, prejudicando a produtividade e elevando o número de acidentes de trabalho.
A Associação Mineira de Medicina do Trabalho reforça a tese da Fiemg. Afirmando que os efeitos podem durar duas semanas, incluindo sonolência, dor de cabeça e queda brusca no rendimento, porque o trabalhador comparece mas não consegue se dedicar a atividade.
Do outro lado da mesa, donos de bares e restaurantes não veem a hora de adiantar o relógio. A categoria afirma que uma hora a mais de luz estimula os clientes a tomar um chopinho, elevando o faturamento em 15%. Além disso, contribui para a redução do consumo de energia.
Já nas regiões Norte e Nordeste do país, onde não há horário de verão, entidades argumentam que o retorno da medida geraria prejuízos. Segundo elas, já existem dificuldades na contratação de fornecedores nos locais com o mesmo fuso horário, então se for para o horário de verão voltar que seja para todos os estados.
Por sua vez, as empresas aéreas classificam o retorno como tempestivo, porque a mudança de horário reflete nos voos internacionais também, mudando a saída e chegada dos passageiros.
Foto: Ilustrativa Reprodução JuliusH (pixabay.com)Há 0 comentários. Comente essa notícia.