Com a disparada do dólar no último trimestre de 2024 e as altas taxas de juros, o comércio de eletroeletrônicos tem vivido um dos piores cenários dos últimos anos. Com a escalada da moeda americana, em novembro do ano passado, a deflação no setor foi a menor em quase dois anos.
O dólar em alta deixou mais caro os itens e componentes eletroeletrônicos importados, elevando o custo de produção e o repasse ao preço do produto final ao consumidor. Esse cenário tem deixado difíceis as negociações, com os comerciantes evitando aumentos bruscos, que assustariam ainda mais os clientes já sobrecarregados.
Com a restrição de renda pela inflação, os consumidores priorizam gastos essenciais, como alimentação, saúde, transporte e outros itens que vêm sendo impactados na medida em que cresce a limitação financeira. No ramo de celulares há dois anos, o comerciante Igor Henrique de Paula analisa o cenário atual como preocupante para empresários e compradores.
Se o ritmo de aumento da moeda continuar, a previsão é de que os produtos eletrônicos subam de 3% a 5%, registro maior do que o IPCA. O movimento de quedas de preços mais fracas no setor deve continuar, com expectativa de que zere as quedas em algum momento, caso não haja nenhuma mudança no cenário econômico.
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