Hoje é celebrado o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Álcool. A data reforça a importância da conscientização sobre os impactos que o uso excessivo dessas substâncias tem na saúde pública. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a dependência de drogas, tanto lícitas quanto ilícitas, uma doença que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo.
O consumo de álcool é responsável por 2,6 milhões de mortes todos os anos no mundo – 4,7% de todas as mortes no planeta. Já o uso de drogas psicoativas responde por 600 mil mortes anualmente. No Brasil, estima-se que o consumo de álcool cause cerca de 12 mortes por hora, a maioria delas relacionadas a doenças cardiovasculares, acidentes de trânsito e violência.
O impacto financeiro desse problema é alarmante, com custos anuais superiores a R$ 18 bilhões, além de mais de R$ 1 bilhão gasto com hospitalizações e atendimentos no Sistema Único de Saúde (SUS). E o uso de substâncias tem prejudicado também a segurança viária. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em 2024, as autuações de motoristas que dirigiam sob efeito de álcool ou substâncias psicoativas aumentaram em 20,9%, em comparação com o ano anterior.
Foram registradas 6.540 infrações no ano passado, sendo a BR-381, conhecida como "rodovia da morte", a que mais teve autuações, com 829 registros. O efeito das drogas vai muito além de uma alteração sensorial ou de comportamento. Elas podem provocar diversos problemas, como doenças cardiovasculares, respiratórias, problemas no fígado e no cérebro, além dos frequentes transtornos psiquiátricos como depressão, ansiedade e tantos outros.
Ainda que algumas drogas sejam mais viciantes do que outras, todas elas agem no corpo desde o primeiro instante de uso. Entretanto, combater a dependência de álcool e drogas é um desafio complexo, pois essas substâncias oferecem prazer imediato e geram dependência física e psicológica, tornando o tratamento difícil.
Entender os riscos e as consequências negativas da utilização das drogas é essencial para criar estratégias de prevenção da dependência química. Também é importante tentar compreender os fatores que levam uma pessoa a consumir essas substâncias, especialmente em situações de vulnerabilidade social e emocional.
Por isso, as ações de prevenção devem ser planejadas com foco no desenvolvimento humano, incentivo à educação, prática de esportes, cultura, lazer e, principalmente, na socialização do conhecimento científico sobre os malefícios das drogas.
Foto ilustrativa: Reprodução geralt (pixabay.com)
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