Trabalhadores que dependem do transporte coletivo viveram ontem um dia de caos em Sete Lagoas, com a greve dos funcionários da Turi, mesma concessionária que atua em Pará de Minas. Milhares de pessoas foram afetadas pela paralisação.
A greve foi deflagrada devido aos salários atrasados, assim como dos depósitos dos direitos trabalhistas. Os funcionários também reivindicam melhores condições de trabalho.
A concessionária ofereceu apenas 3% de reajuste, enquanto o INPC que mede a inflação no Brasil ficou em 4,75%. Os funcionários lutam por um aumento entre 8% e 9%, além de reajustes no vale-refeição e outros benefícios.
Durante todo o dia os pontos de ônibus ficaram lotados, com muitas reclamações dos passageiros. Quem tinha hora marcada para atravessar a cidade precisou apelar para o transporte alternativo, caso dos táxis e dos aplicativos. Caronas com particulares também ajudaram bastante no deslocamento de quem ficou sem ônibus.
A crise no transporte público se intensificou depois que o prefeito Douglas Melo anunciou que o município está em dia com todas as suas obrigações.
Ele inclusive chegou a ameaçar a Turi, afirmando que caso as atividades não sejam retomadas um decreto emergencial será publicado, permitindo ao município a contratação de nova empresa.
O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte já havia alertado sobre a possibilidade da paralisação, caso a empresa não resolvesse as pendências.
O transporte coletivo foi retomado hoje cedo, em cumprimento a uma liminar do juiz Tiago Ferreira Barbosa, que determinou a retomada imediata das atividades, sob pena de multa diária no valor de R$100 mil, podendo chegar ao limite de R$3 milhões.
Foto Ilustrativa: Arquivo Jornalismo/Rádio Santa Cruz FMHá 0 comentários. Comente essa notícia.