A morte de um homem de 47 anos após sofrer um mal súbito enquanto usava a esteira de uma academia em Belo Horizonte nesta semana, acendeu o alerta para uma preocupação constante: os perigos da atividade física sem orientação adequada e avaliação médica prévia.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a equipe já encontrou o homem em parada cardiorrespiratória e mesmo com as manobras de ressuscitação, até a chegada do Samu, a vítima não respondeu aos procedimentos e morreu no local. ]
Casos como este não são isolados. Em maio, uma jovem de 22 anos morreu após ter um mal súbito dentro de uma academia em Copacabana, no Rio de Janeiro. O local foi interditado por não dispor de um desfibrilador, o que é obrigatório por lei naquele Estado.
Embora a causa exata dessas fatalidades não sejam conclusivas, especialistas apontam que esse tipo de situação costuma ocorrer em pessoas com condições de saúde pré-existentes, muitas vezes não diagnosticadas.
O Jornal da Manhã conversou sobre o assunto com o personal trainer Oscar Flister, que fez um alerta sobre os problemas cardíacos silenciosos. Eles podem se manifestar de forma súbita, durante a prática de exercícios intensos.
Outro fator que pode causar problemas de saúde durante os treinos é praticar atividades físicas em jejum. Além de comprometer o emagrecimento, essa prática pode desencadear reações inesperadas no organismo.
Iniciar uma rotina de treinos de maneira abrupta, sem preparo, também representa um grande risco. Oscar Flister lamenta o fato de muitas pessoas começarem a correr nas ruas sem planejamento, sem respeitar os limites do corpo ou sem acompanhamento técnico, o que pode gerar prejuízo para a saúde.
Antes de começar qualquer atividade física, é fundamental passar por uma avaliação médica, principalmente as pessoas acima dos 35 anos ou com histórico familiar de doenças cardíacas.
O acompanhamento de um profissional de educação física, o respeito à hidratação e à alimentação, além da escolha de locais com estrutura adequada e profissionais habilitados, são passos essenciais para garantir segurança. Também é importante não ignorar os sinais do corpo, como tontura, dor ou mal-estar, e evitar o uso de substâncias sem prescrição médica.
Minas Gerais não possui legislação específica que obrigue a presença de desfibriladores em academias. No entanto, no mês passado, o deputado federal Yuri do Paredão apresentou um projeto de lei na Câmara dos Deputados, que propõe tornar obrigatória a instalação de desfibriladores automáticos externos (DEA) em todas as academias e estabelecimentos similares do Brasil.
Fotos Kelvin fernandes/Rádio Santa Cruz FM e Ilustrativa Reprodução milyoung23 (pixabay.com)Há 0 comentários. Comente essa notícia.