Conforme o Jornal da Manhã antecipou, farmácias e drogarias de todo o país estão obrigadas a reter a receita médica na venda das chamadas canetas emagrecedoras, como Ozempic, Saxenda, Wegovy e Mounjaro.
A decisão da Anvisa tem como objetivo conter o uso indiscriminado desses medicamentos, originalmente indicados para o tratamento de diabetes tipo 2 e, mais recentemente, também aprovados para o controle da obesidade.
Apesar de serem remédios de tarja vermelha, exigindo prescrição médica, até então era possível adquiri-los sem receita e a nova proibição já provocou uma grande movimentação nas farmácias.
É que muitos consumidores estão tentando garantir a compra dos medicamentos antes da entrada em vigor da medida. Quem confirmou essa corrida para a compra das canetas emagrecedoras foi o farmacêutico Clifford Resende.
O crescimento da procura desses produtos se intensificou nos últimos três anos. As “canetas emagrecedoras” têm preço médio de R$1.000,00 por unidade e oferecem, em muitos casos, resultados rápidos, o que garantiu a popularidade entre os não diabéticos ou as obesidades diagnosticadas.
A ideia de que essas canetas resolvem rapidamente um problema leva muitos a ignorar os efeitos colaterais e os riscos do uso prolongado. É que ao usar o medicamento sem critério, o indivíduo acaba lidando com novas questões de saúde, às vezes mais complexas que o excesso de peso em si.
Ainda segundo Clifford, o uso sem acompanhamento médico é preocupante e pode afetar não apenas o paciente, mas o sistema de saúde como um todo.
A chamada “febre das canetas emagrecedoras” segue alimentada pela busca por soluções rápidas e promessas de resultados visíveis em pouco tempo. Apesar da regulação mais rígida, a procura ainda é alta, impulsionada pelo marketing nas redes sociais e por relatos de celebridades. Enquanto isso, profissionais de saúde reforçam a necessidade de acompanhamento médico e responsabilidade no uso desses medicamentos.
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