O recesso escolar, que começa hoje em algumas escolas e na próxima sexta-feira em outras, reascende as discussões sobre os impactos do uso excessivo de telas por crianças e adolescentes.
Esse período pode ampliar ainda mais o tempo de exposição aos dispositivos digitais, tornando essencial o olhar atento das famílias quanto aos riscos associados a esse comportamento.
O uso prolongado e inadequado de celulares, tablets e computadores está relacionado ao aumento dos casos de ansiedade, depressão e distúrbios de atenção. Ele também costuma gerar atrasos no desenvolvimento da linguagem, problemas de sono, miopia, sobrepeso, além dos riscos relacionados à privacidade digital e aos vícios em jogos e aplicativos.
A psicóloga Ana Gabriela Barbosa Araújo conversou com o Jornal da Manhã sobre o assunto, confirmando que os consultórios têm registrado um aumento significativo dessas demandas entre o público infantojuvenil.
O desenvolvimento do cérebro infantil pode ser prejudicado pela falta de estímulos adequados e o excesso de estímulos digitais, como alerta a Sociedade Brasileira de Pediatria.
Entre os efeitos mais frequentes estão os distúrbios de sono, resultado direto da luz emitida pelas telas, que inibe a produção de melatonina, hormônio essencial para dormir bem. E noites mal dormidas interferem diretamente no comportamento, na aprendizagem e no desenvolvimento físico e mental.
A influência dos pais e responsáveis é essencial para reduzir o impacto negativo das telas, por isso Ana Gabriela aconselha a participação ativa deles da rotina dos filhos.
Isso pode ser feito mediante sugestão de alternativas saudáveis, como estímulo às atividades ao ar livre, lazer cultural e esportivo:
Para minimizar os efeitos nocivos das telas, a orientação dos especialistas é que os pais estabeleçam horários e limites claros para o uso dos dispositivos, evitando o uso durante as refeições e antes de dormir. Isso contribui para uma infância mais equilibrada e saudável, dentro e fora do ambiente digital.
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