As infestações de pulgas e carrapatos em cães e gatos têm gerado preocupação nesta com a chegada do clima quente, quando a incidência desses parasitas costuma aumentar. Além do desconforto, eles transmitem diversas doenças que podem levar os animais a óbito, como erliquiose e babesiose nos cães.
As pulgas afetam tanto cães quanto gatos, mas os carrapatos são mais comuns nos caninos. Esses aracnídeos parasitam espécies específicas e muitas vezes os que estão presentes nos cachorros não representam risco para os seres humanos.
A exceção é o carrapato-estrela, encontrado em cavalos, bois e capivaras, que pode parasitar cães e transmitir a febre maculosa. Essa sim considerada uma zoonose de importância para a saúde humana.
Nossa reportagem conversou com o médico veterinário Oscar Leitão sobre os perigos das infestações de pulgas e carrapatos no ambiente urbano. Ele esclareceu algumas crendices populares em relação a isso e confirmou que a chegada do calor é o momento propício para o aumento da população de carrapatos.
De acordo com Oscar Leitão, esmagar fêmeas de carrapatos cheias de sangue, mais conhecidas como reduleiros, pode sim liberar milhares de ovos no ambiente, aumentando a infestação.
O médico-veterinário explica que a prevenção é a melhor forma de evitar problemas. Segundo ele, o mercado oferece várias opções, que variam de acordo com a frequência de uso e o preço. A escolha depende do que o tutor considera melhor custo-benefício para o seu animal. Em caso de infestação no ambiente doméstico, a dedetização é essencial, já que o controle deve abranger tanto o animal quanto o local.
Em caso de suspeita de picada em humanos, o indicado é comunicar o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e manter observação por até 15 dias; caso surjam sintomas, deve-se procurar atendimento médico imediatamente.
Foto: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM
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