O despejo irregular de substâncias químicas no trecho do Rio Paraopeba que corta o Distrito Industrial de Juatuba, foi apontado como a principal causa da mortandade de peixes registrada entre Betim e Esmeraldas, semanas atrás.
De acordo com um laudo do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba, a água apresentava altos níveis de amônia e compostos nitrogenados, além de baixa concentração de oxigênio, o que provocou um forte impacto na fauna aquática.
O presidente do Comitê, Heleno Maia, explicou que as investigações ainda continuam para identificar a origem e os responsáveis pelo despejo irregular. Pelos laudos da necropsia dos peixes e das análises da água do Paraopeba, ficou definido que a contaminação partiu do Distrito Industrial Renato Azeredo.
Segundo ele, a causa foi uma conjunção de fatores, como a redução da oxigenação das águas e a elevada concentração de amônia e compostos nitrogenados.
Os próximos passos do Comitê serão a fiscalização das empresas da região e a identificação de quais utilizam amônia em seus processos industriais, para determinar a responsabilidade pelo despejo químico no rio.
Os peixes apareceram mortos em 5 de setembro. Desde então, foram realizadas análises a partir da necropsia dos animais e de amostras de água e sedimentos. Os resultados confirmaram hemorragias nas brânquias e em órgãos internos, como fígado e coração.
Foto: Reprodução Redes SociaisHá 0 comentários. Comente essa notícia.