As chuvas registradas em Pará de Minas nesses últimos dias devem continuar, deixando o céu nublado e as temperaturas mais amenas. A previsão faz parte do início do período chuvoso mais intenso, que começa em novembro e segue até o início do próximo ano.
A Defesa Civil reconhece que esse é um momento de atenção, pois a tendência é dos índices pluviométricos subirem significativamente, deixando as condições atmosféricas mais instáveis. O cenário exige preparação do poder público e da população, para minimizar os riscos provocados pelos fenômenos climáticos mais severos.
Segundo o coordenador da Defesa Civil, Edson Cecílio da Silva, a variação climática é complexa e sofre influência direta de fatores como o La Niña, fenômeno que altera o regime de chuvas em várias partes do país.
Ainda segundo Edson Cecílio, nesse período o município sai do risco hidrológico, caracterizado por inundações, alagamentos e enxurradas, e passa a enfrentar riscos geológicos, devido ao encharcamento do solo.
Esse acúmulo de água é que causa movimentação de terra, com o deslizamento de barrancos e encostas cedendo. É uma ocorrência que costuma afetar regiões com construções próximas a taludes ou margens de rios. Por isso, a Defesa Civil intensifica a atualização dos pontos monitorados e o planejamento dos planos de contingência.
Entre os locais de maior atenção em Pará de Minas estão a confluência do córrego Água Limpa com o ribeirão Paciência, na região das avenidas Presidente Vargas, Antônio Rocha e Ovídio de Abreu, além da Rua Pequi, próxima à entrada do bairro Santos Dumont.
Nessas áreas, já conhecidas pela recorrência de alagamentos, a Defesa Civil atua em conjunto com o Departamento de Trânsito, Polícia Militar e Guarda Civil Municipal, utilizando inclusive as câmeras do sistema Olho Vivo para monitoramento em tempo real.
Edson também chama atenção para o comportamento da população durante os temporais. Muitas ocorrências com vítimas acontecem porque as pessoas subestimam os riscos e tentam atravessar locais alagados.
Segundo Edson, a Defesa Civil matem um monitoramento contínuo dos fenômenos climáticos, emitindo alertas constantes para prevenir a população e as forças de prevenção e resposta.
Se as chuvas persistirem por longos períodos, Edson recomenda que os moradores fiquem atentos a sinais de movimentação do solo em suas residências, especialmente aquelas localizadas em áreas de encosta ou próximas a rios. Trincas e fissuras em barrancos ou paredes, árvores e postes inclinados, portas e janelas emperradas e presença de mofo repentino são indicativos de instabilidade do terreno.
Diante de qualquer sinal desse tipo, é importante procurar a Defesa Civil imediatamente para uma vistoria técnica e orientações.O serviço funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, e pode ser acionado pelo telefone e WhatsApp (37) 99972-7322.
Em situações de risco iminente, a população deve ligar para os números 193 (Corpo de Bombeiros), 199 (Defesa Civil) ou 153 (Guarda Civil Municipal), que atuam de forma integrada para atender emergências.
Além disso, os moradores podem se cadastrar no sistema de alertas 40199, serviço gratuito que envia mensagens de texto com avisos de risco, temporais e orientações preventivas diretamente para o celular, ajudando a comunidade a agir com antecedência e segurança durante o período chuvoso.
Foto: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM
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