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Casos de ‘dezembrite’ se antecipam nos consultórios médicos

28/11/2025
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A procura por atendimento psicológico voltado ao tratamento da ansiedade aumentou de forma significativa nos consultórios de Pará de Minas. Profissionais observam que essa situação fica mais evidente nos finais de ano, período marcado por balanços pessoais, pressões sociais e maior sensibilidade emocional. 

É que nem sempre o clima festivo de dezembro remete as pessoas à celebração. Muitos pacientes enxergam esse momento como um gatilho para crises de ansiedade, angústia e até sintomas mais severos.

Na medicina esse fenômeno é conhecido como “dezembrite”, ou síndrome do final de ano, condição marcada pelo aumento expressivo de crises emocionais entre o Natal e o início de janeiro. 

A dezembrite combina fatores emocionais, sociais e culturais: reencontros familiares que podem reavivar conflitos, expectativas de produtividade e realização pessoal não cumpridas, pressão para celebrar mesmo quando não há motivação e a sensação de que é preciso encerrar ciclos antes do ano acabar. 

Segundo a psicóloga Geisiane Gois, para quem já convive com ansiedade ou depressão, o acúmulo de estímulos torna o período especialmente delicado, aumentando o risco de recaídas. E a ansiedade representa hoje a maior demanda clínica recebida pelos consultórios da cidade. 

O sintoma tem se mostrado cada vez mais presente em todas as faixas etárias, desde crianças até idosos, evidenciando que o cotidiano acelerado e a dificuldade de lidar com expectativas sociais exercem forte influência no estado emocional das pessoas. 

E além do manejo dos sintomas, o tratamento precisa investigar as origens desse imediatismo. 

Segundo Geisiane, muitos pacientes chegam ao consultório carregando um peso emocional que não lhes pertence, como a sensação de culpa pelo quadro ansioso que estão vivendo. Esse cenário ganha força no fim do ano.

O crescimento dos casos de ansiedade também está diretamente relacionado às mudanças trazidas pela pandemia de covid-19. O período elevou exponencialmente o acesso à informação, tornando as redes sociais um espaço onde temas emocionais passaram a ser discutidos de forma mais aberta. 

Ao mesmo tempo em que isso colaborou para reduzir o tabu em torno da saúde mental, também ampliou a exposição aos conteúdos que alimentam comparações, expectativas irreais e sobrecarga emocional. 

Esse conjunto de fatores, aliado ao fluxo constante de informações e à dinâmica acelerada das plataformas digitais, explica por que a ansiedade se tornou uma queixa tão frequente e por que a busca por ajuda profissional continua crescendo.

Fotos: Arquivo Pessoal (Geisiane Gois) e Reprodução Maximilianovich (pixabay.com)




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