Em meio às ações do Dezembro Vermelho, campanha dedicada à conscientização, prevenção e combate ao HIV/Aids, os números reforçam a importância de manter o debate em evidência.
A iniciativa busca alertar a população sobre as formas de transmissão, os cuidados necessários e o acesso ao diagnóstico e ao tratamento, especialmente diante do crescimento de casos entre os mais jovens.
Somente neste ano, Minas Gerais registrou 3.516 novos casos, com maior incidência entre jovens de 20 a 34 anos.
Em Pará de Minas, dados do portal da Vigilância em Saúde do Estado indicam que, apenas em 2025, foram notificadas 16 pessoas com HIV e 6 com Aids. A maioria dos registros envolve homens, e a faixa etária predominante está entre 30 e 39 anos. Pelo menos um caso teve registro de evolução para óbito.
Esse aumento da infecção pelo HIV entre o público jovem tem sido observado nos últimos dez anos. Especialistas apontam que fatores como maior atividade sexual, múltiplos parceiros, redução do uso do preservativo e consumo de álcool e drogas contribuem para esse cenário.
No entanto, mesmo em um cenário preocupante o Brasil, registrou conquistas importantes no combate ao HIV. No cuidado materno-infantil, o país registrou avanços importantes, com redução nos casos de gestantes com HIV e queda no número de crianças expostas ao vírus.
O país manteve a taxa de transmissão vertical abaixo de 2%, alcançando as metas da Organização Mundial da Saúde e consolidando a eliminação da transmissão do HIV de mãe para filho como problema de saúde pública.
Desde 1996, o tratamento da Aids é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A partir de 2013, a terapia passou a ser disponibilizada também para pessoas com diagnóstico reagente para o HIV, mesmo sem manifestação da doença.
O tratamento é feito com medicamentos antirretrovirais (ARV), que fortalecem o sistema imunológico, aumentam a qualidade e o tempo de vida e reduzem internações e infecções oportunistas.
A prevenção passa pelo uso do preservativo em todas as relações sexuais, disponível gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde. Outras medidas incluem não compartilhar objetos perfurantes, utilizar materiais esterilizados em procedimentos estéticos, realizar o pré-natal corretamente e garantir o controle rigoroso em transfusões de sangue.
Foto: Reprodução gov.br/Agência Nacional de Saúde Suplementar
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