A permanência dos moradores de rua na praça Padre José Pereira Coelho tem resultado em problemas para a Feira de Artesanato que funciona no local nas manhãs de sábado.
Como se sabe, a concha acústica, que sempre foi palco para apresentações artísticas e manifestações populares, acabou se transformando no abrigo preferido de andarilhos e mendigos, que passam as noites sob a estrutura e usam os arredores como banheiro.
O resultado disso é um cenário desagradável com muito lixo e mau cheiro, que acaba afugentando a clientela da feira e dificultando a permanência dos expositores.
Na tentativa de pelo menos amenizar a situação, a Associação dos Artesãos de Pará de Minas (ArtePam) contratou uma pessoa para fazer a limpeza do local nas manhãs de sábado, bem cedo, antes da chegada dos expositores e do público de forma geral.
A profissional contratada foi Cláudia Oliveira. Dedicada em deixar o espaço bem limpo e com cheiro mais agradável, ela conta que a cada manhã se depara com um cenário mais crítico, encontrando jogados no local os objetos mais inusitados.
Como se sabe a Prefeitura de Pará de Minas dispõe dos serviços oferecidos pelo Centro Pop, que se dedica ao amparo e auxilio à população de rua. Mas, segundo Cláudia Oliveira, ao que parece, os próprios moradores de rua não estão dispostos a aceitar este apoio.
Infelizmente a solução para o problema está longe de aparecer. Com a crise econômica, sobretudo neste período de pandemia, o número de pessoas que estão em situação de rua só aumentou.
Nos grandes centros como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo a situação é mais evidente. No caso da capital paulista, levantamento aponta que cerca de 32 mil pessoas estão morando nas ruas, um crescimento de 31% durante a pandemia.
Em Pará de Minas não há levantamento oficial, embora também seja perceptível o aumento do número de pessoas vivendo em praças ou debaixo de marquises, sobretudo na região central.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FMHá 0 comentários. Comente essa notícia.