A doença misteriosa que assombrou moradores de Belo Horizonte pode ter sido mesmo causada por cerveja adulterada. Pelo menos é o que sinalizam os exames preliminares que detectaram a presença de uma substância química altamente tóxica para o ser humano.
Essa substância é chamada de dietilenoglicol e apareceu em duas amostras da cerveja Belorizontina, produzida pela Backer. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a relação entre a bebida e o adoecimento de 8 pessoas que foram hospitalizadas após consumir o produto comprado no Bairro Buritis.
O laudo da Polícia Civil divulgado ontem aponta que as amostras contaminadas com o dietilenoglicol pertencem aos lotes L1 1348 e L2 1348. Cada lote tem 33 mil unidades da cerveja. Ainda de acordo com o laudo, as garrafas periciadas foram lacradas pela Vigilância Sanitária de BH. Não se sabe ainda como a substância foi parar na bebida.
Diante da gravidade da situação, o Ministério Público de Minas Gerais decidiu acompanhar o caso e recomenda aos consumidores que tenham a cerveja Belorizontina em casa que não consumam o produto e se possível disponibilizem as garrafas para as autoridades. Em nota a cervejaria Backer negou que dietilenoglicol faça parte do processo produtivo da Belorizontina.
A empresa também informou que por precaução está tirando de circulação os lotes suspeitos. Como essa cerveja também é vendida nos supermercados do interior do estado, incluindo Pará de Minas, a recomendação para os consumidores é de não consumir o produto dos referidos lotes.
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