A semana começou com mais desafios para os donos dos sacolões que tiveram muita dificuldade para fazer compras na Ceasa. Conforme o JM informou, dias atrás, as chuvas que atingiram Minas Gerais devastaram as lavouras e danificaram as estradas.
Os prejuízos foram enormes e provocaram uma disparada nos preços para estabelecimentos comerciais e dos consumidores finais. O cenário se mantém em função da continuidade das águas, sem previsão de normalidade.
Como sempre acontece nessas ocasiões, o tomate foi o que mais encareceu comprometendo a salada do almoço. O reajuste de 35% elevou o quilo para mais de R$8,00. Já a batata, o chuchu e o pepino tiveram alta entre 12% e 27%. Mas outros produtos também encareceram, caso da couve-flor, da vagem rasteira e da abobrinha italiana.
Os hortifrutis são culturas muito sensíveis a qualquer excesso ou falta de água. Com essa grande quantidade de chuva, há uma redução da produtividade e da qualidade. A chuva impacta a produção, atrasa e dificulta os plantios. Muitos produtores perderam lavouras inteiras por causa da enchente.
Especialistas acreditam que o desabastecimento ainda será sentido daqui a um mês. A Ceasa está recebendo menos produtos do que nas semanas anteriores e há expectativa também que alimentos como carne e leite fiquem mais caros, por causa da falta de insumo para a alimentação das vacas.
É que o barro nos pastos também prejudica a produção leiteira. A situação de muitos pecuaristas é tão difícil que tanto a Caixa Federal como o Banco de Desenvolvimento de Minas gerais (BDMG) e o Banco do Brasil estão oferecendo condições especiais para as empresas afetadas.