Seja por medo da dengue, por causa dos transtornos causados pelas chuvas ou pelo surgimento de animais peçonhentos, moradores de Pará de Minas começam a direcionar um olhar mais consciente em relação à sujeira na cidade. A reportagem do Jornal da Manhã tem recebido reclamações e fotografias denunciando a situação de ruas, bueiros e lotes vagos.
Uma das situações que mais impressionaram é a poluição de uma área na estrada que dá acesso a Barro Preto, próximo ao bairro Padre Libério. O local virou um verdadeiro lixão a céu aberto, acumulando restos de materiais de construção, móveis velhos, sacos de lixo e muitos outros materiais.
Não muito distante dali, na rua Salvador Gonçalves de Oliveira, no Padre Libério, mais cenas de descarte irregular em áreas públicas, com destaque para televisores velhos, jogados em lotes como se fossem papeis de bala.
Ainda naquela região, na rua Georges Collin, no bairro Walter Martins, tem até máquina de lavar jogada no meio do mato. Aliás, o mato é outro fator preocupante. Com as chuvas, a vegetação cresceu bastante e em alguns lugares chega a invadir parte da via pública.
A prefeitura tem notificado proprietários de lotes vagos a fazerem a limpeza do imóvel, mas ela também não faz sua parte como mostram as fotos tiradas por populares. Espaços que pertencem ao município estão completamente sujos.
Muitas das denúncias têm chegado à Câmara Municipal e de olho nelas foi que o vereador Rodrigo Varela apresentou requerimento, solicitando à prefeitura a realização de um mutirão de limpeza urgente em seus próprios lotes, servindo de exemplo para a população:
Outro alerta diz respeito à poluição dos bueiros em Pará de Minas. Muitos alagamentos na cidade aconteceram justamente pelo entupimento das bocas de lobo, devido à dificuldade de escoamento da água. A Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura tem se empenhado na limpeza dos bueiros, mas o esforço dos trabalhadores será em vão se a população não colaborar.
Ontem, por exemplo, na esquina das ruas Nova Lima e Serro, no bairro São Luiz, nós registramos uma boca de lobo com garrafa pet e uma pequena placa de isopor. O cuidado com o patrimônio público deve ser um dos princípios a nortear a boa convivência, pois a preservação do ambiente retorna em benefícios à saúde da comunidade. Se cada um fizer sua parte, os transtornos com as chuvas, assim como a dengue e outros fatores serão reduzidos drasticamente.