O ano letivo nas escolas da rede estadual começou mal. É que as matrículas ainda estão em curso, tirando o sono dos pais, sem falar na greve dos profissionais da educação deflagrada hoje.
Segundo o Sind-Ute, os professores estão de braços cruzados por tempo indeterminado. Ninguém sabe ainda o impacto do movimento deflagrado hoje cedo, mas a frustração dos estudantes é grande.
E maior ainda dos profissionais que reivindicam reajuste salarial de 12,84%, o fim do parcelamento do salário e o pagamento do 13º para quem ainda não recebeu. O Sind-Ute alega que tomou a decisão da greve após as tentativas de negociação com o governo que não foram acordadas.
O Governo de Minas, através da Secretaria Estadual de Educação, contra-ataca dizendo que está aberto ao diálogo. O movimento já chegou a Pará de Minas e foi abordado junto ao JM pelo coordenador do Sind-Ute local, Rondinelli Alves, numa entrevista gravada logo nas primeiras horas do dia.
A expectativa do sindicato é que a paralisação ganhe força ao longo da semana:
O coordenador do Sind-Ute reconhece que o momento financeiro do Governo de Minas é delicado, mas o profissional da educação não pode pagar por isso. Mesmo que o governo não consiga recompor totalmente a defasagem salarial pretendida, é preciso avançar e esse processo começa pelo diálogo, que o governador Zema vem ignorando:
A greve não tem prazo para terminar. A categoria vai lutar principalmente pela implantação do piso nacional da educação.