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Desafio da rasteira: todos contra a brincadeira de mau gosto que pode matar

14/02/2020

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O início do ano letivo foi marcado por várias situações no país mas, sem dúvida alguma, a que mais viralizou foi o vídeo que se tornou conhecido como desafio da rasteira.Nele aparecem três adolescentes, um ao lado do outro, que depois de contar até três dão um pulo. Nesse momento, os jovens que estão na beirada batem no calcanhar daquele que está ao centro e ele leva um tombo.

A brincadeira que começou de maneira inocente está tirando o sono dos especialistas a tal ponto que já provocou uma manifestação da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, alertando aos pais e educadores para reforçarem com as crianças e adolescentes a necessidade de fugirem desse tipo de desafio.

A queda brutal, como pode ser assistido nos primeiros vídeos, pode provocar lesões irreversíveis no crânio e danos à coluna vertebral. Dependendo da situação, a pessoa pode ir a óbito. É que durante a queda, a vítima perde totalmente o equilíbrio e cai desprotegida no chão. 
A Polícia Civil também entrou no caso, afirmando que os responsáveis pela brincadeira de mal gosto podem responder penalmente por lesão corporal grave e até mesmo homicídio culposo.

Todos os pais que assistiram aos vídeos manifestaram grande preocupação e muitos, inclusive, têm se dirigido às escolas onde seus filhos estudam pedindo o máximo de atenção nos intervalos das aulas. Eles têm medo dos adolescentes serem levados pela aventura do momento e se esquecerem do perigo.

Na verdade, os pais estão cobertos de razão porque a brincadeira da rasteira acontece justamente pela necessidade de exposição dos adolescentes, compartilhando detalhes da vida privada nas redes sociais. Além disso, esse tipo de desafio é interessante para eles por uma questão de reconhecimento e também pelo sentimento de pertencimento a um grupo. O psicólogo Antônio Carlos Goebel conversou com o JM a respeito:

Outro aspecto abordado pelo psicólogo é que as situações de perigo são encaradas com muita facilidade pelos adolescentes:

Para os pais, o conselho de Antônio Carlos é que estejam bem próximos dos filhos para que eles possam sempre ouvir seus conselhos:

A boa notícia é que da mesma forma em que o vídeo da rasteira viralizou, vários outros estão sendo propagados por jovens também, condenando a brincadeira. Eles começam as gravações da mesma forma que a brincadeira perigosa mas, ao invés de dar rasteira no colega, fazem um apelo para que ninguém participe disso. E as mensagens chegam de todas as formas – cartazes, palavras de reflexão e alerta.

Foto: Divulgação/Polícia Civil PA





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