Duas semanas depois e a minirreforma administrativa anunciada pelo prefeito Elias Diniz ainda é comentada na Câmara de Pará de Minas. Alguns vereadores contestam as nomeações dos novos secretários, assessores e diretores. Segundo os críticos, não se trata de um olhar da oposição, muito menos de restrição a algum dos nomes escolhidos pelo prefeito.
A grande questão é que a medida está sendo considerada inoportuna, devido à proximidade do final do mandato e aos gastos que as nomeações passaram a representar aos cofres públicos. Um dos vereadores que passou a questionar a iniciativa de Elias é Marcus Vinícius de Faria, o Marcão.
Na opinião dele o prefeito não fez uma reforma administrativa e sim, política. O vereador disse que nunca viu uma gestão pública com tantas mudanças, lembrando que a única sobrevivente do início do mandato é a secretária de Educação, Marluce Pinto Coelho, já que todos os demais foram substituídos.
Marcão também considera inadmissível situações como a da Secretaria de Esportes que não tem um titular, mas ganhou profissionais de apoio:
Já para o vereador Dé Pedreiro, presidente da Comissão de Obras da Câmara, o que conta agora é a perspectiva de solução para os vários problemas que vinham acontecendo na prefeitura. O mais sério deles, na visão de Dé, era o atraso na aprovação de projetos da construção civil. Ele se reuniu com o novo secretário e saiu do encontro otimista:
O vereador Rodrigo Varela também participou das discussões sobre a minirreforma de Elias Diniz, mas não comentou a respeito das contratações. A preocupação dele é com o vice-prefeito de Pará de Minas, que está sem função:
O prefeito Elias Diniz mantém seu posicionamento a respeito da necessidade das contratações que, no caso dessa minirreforma, foi de três secretários, uma assessoria executiva, três diretorias e uma gerência. Segundo ele, o município precisa de mais profissionais para impulsionar os projetos:
Quanto à questão de Zezé Porfírio de Oliveira, nem ele nem o prefeito quiseram comentar. Mas fontes seguras confirmam que realmente houve um estremecimento entre as partes, em consequência das medidas tomadas por Zezé no período em que ele assumiu a Prefeitura de Pará de Minas, cinco dias depois do AVC sofrido por Elias.
Desde então os dois mal conversam e Zezé Porfírio tem ido pouco ao prédio administrativo da Prefeitura. Comenta-se também nos bastidores que Zezé estaria decidido a não disputar nova eleição ao lado de Elias, caso seja convidado. Ele estuda a possibilidade de se lançar candidato a uma das cadeiras na Câmara Municipal. Procurado pelo JM, Zezé nada disse.