A determinação do Ministério Público de Minas Gerais ao Instituto Estadual de Florestas (IEF) em proibir a pesca no Rio Paraopeba, devido à poluição causada pela barragem de rejeitos na mineradora Vale, trouxe consequências negativas para as lojas especializadas na venda de artigos para caça e pesca.
A decisão do MP foi tomada em virtude da poluição do rio, que continua contaminado com os rejeitos que vazaram da barragem da Vale em janeiro do ano passado em Brumadinho.
Segundo estudos realizados, o Paraopeba ainda não apresenta condições adequadas para a pesca e o consumo da água. Por um lado, a medida é positiva, pois visa garantir a saúde da população, evitando qualquer risco de contaminação pelo consumo de algum peixe do rio.
Mas, como estamos falando de uma das maiores bacias hidrográficas da região, ela afetou diretamente quem trabalha no ramo. É o caso de Alexandre Dutra, proprietário da loja Ponto do Pescador. Ele revelou que o faturamento nas vendas de equipamentos de pesca reduziu quase pela metade.
O Ministério Público determinou que a proibição da pesca no Paraoopeba vai continuar pelo menos até que uma equipe técnica qualificada passe a acompanhar o nível de contaminação da água. Desta forma, Alexandre e outros empresários do setor, terão de usar a criatividade para encontrar alternativas de manter o faturamento e conseguir superar esse momento.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM