Começa na próxima semana mais uma maratona de negociações entre o Sindicato dos Rodoviários de Pará de Minas e a Turi, concessionária responsável pelo transporte coletivo urbano no município. É que 1º de março é a data base para a realização dos acordos coletivos que definirão o reajuste anual dos trabalhadores da empresa.
O presidente do sindicato, Francisco Borges, já está empenhado neste trabalho que deve exigir muita energia e argumentação. Isso porque as negociações de 2019 duraram quase um ano e chegaram a provocar uma greve dos motoristas, levando o caso à Justiça do Trabalho em Belo Horizonte.
Em conversa com o JM, Francisco falou sobre este momento de reinício com o desejo de que os usuários do transporte público não tenham que sofrer mais uma vez com paralisações do serviço.
Segundo o presidente a grande meta do Sindicato é conseguir um equiparação entre o salário dos motoristas de Pará de Minas e os de Itaúna, que apesar de serem cidades de portes semelhantes, apresentam uma grande diferença no quesito salarial.
Para se ter uma ideia o piso dos itaunenses é de R$2.039,00, enquanto o salário dos motoristas de Pará de Minas não chega a R$1.600,00. Francisco conta que a justificativa da empresa para não oferecer um uma correção satisfatória é sempre a falta do reajuste das tarifas.
A pauta de reivindicações do Sindicato dos Rodoviários para os motoristas do transporte coletivo conta com ajustes do ticket alimentação para R$400, correção do salário com base no INPC mais 5% de ganho real, manutenção da cesta básica e inclusão de familiares no plano de saúde oferecido aos motoristas.
A Turi já recebeu as propostas e tem analisado os pedidos da classe. Enquanto isso Francisco Borges cobra maior envolvimento do Prefeito Elias Diniz nas negociações, sobretudo no que diz respeito à liberação do Processo Licitatório junto ao Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais.
A expectativa é que este processo seja concluído em breve. A superintendência da Turi espera que o TCE seja favorável ao município, autorizando a conclusão da licitação, que deverá resultar num aumento da tarifa dos atuais R$3,20 para R$3,50.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM