Professores da rede estadual de ensino que trabalham em Pará de Minas estão aderindo à greve da categoria, deflagrada no último dia 11 de fevereiro. Segundo a subsede local do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), cerca de 50 servidores estão de braços cruzados, o que representa mais de 10% total.
São profissionais que trabalham nas escolas Fernando Otávio, Ademar de Melo, Manoel Batista e Governador Valadares. Já em nível estadual, aproximadamente 60% dos professores participam do movimento grevista.
O diretor-geral da subsede de Pará de Minas, Rondinelli Alves, informou que a mobilização está ganhando força devido à comunicação entre os profissionais e ao entendimento de que a classe precisa ser mais valorizada pelo Governo de Minas.
A lista de reivindicações da categoria é extensa e considerada fundamental para que eles possam desenvolver um trabalho melhor junto aos alunos. Entre os pontos principais estão o pagamento do 13º salário de 2019, aplicação do mínimo de 25% dos recursos tributários do estado na educação e o pagamento do piso nacional dos professores.
Outro fator que pesou na decisão dos servidores foi o fechamento de algumas escolas estaduais.
Ainda segundo Rondinelli Alves, a categoria também luta por mais isonomia de tratamento por parte do Governo de Minas. Como exemplo, ele citou o projeto de lei enviado à Assembleia Legislativa, propondo reajuste somente para os servidores da segurança pública. Ele tem acompanhado as discussões em Belo Horizonte e torce para que o governador Romeu Zema seja sensato ao analisar a emenda aprovada pelos deputados.
Como foi dito pelo educador, a greve segue por tempo indeterminado e a expectativa é que mais professores ingressem no movimento nesses próximos dias, o que pode afetar a rotina escolar. A orientação de Rondinelli Alves é que os pais e alunos busquem informações nas escolas para saber se haverá aulas.
A próxima reunião do Sind-UTE com o Governo de Minas está marcada para o dia 5 de março, em Belo Horizonte.