O movimento grevista iniciado pelos professores da rede estadual de ensino de Minas Gerais continua. A categoria segue cobrando o pagamento do piso nacional, medidas de combate ao sucateamento da educação pública e mais respeito por parte do governo Zema.
Por aqui o movimento ainda é pequeno, com algumas escolas totalmente paralisadas e outras de forma parcial. O diretor-geral da subsede do Sind-UTE de Pará de Minas, Rondinelli Alves, reconhece que a adesão está abaixo do esperado.
Ainda assim, ele vem percebendo maior consciência dos profissionais, o que pode atrair a participação de mais educadores para o movimento nesses próximos dias. Mais estabelecimentos de ensino aderiram à greve na cidade – na Escola Padre Libério e parcialmente na Escola Manoel Batista:
Durante a última reunião com os sindicalistas, o Governo de Minas anunciou a nomeação de mil servidores que foram aprovados em concursos para a rede estadual de ensino. Muitos interpretaram a atitude como enfraquecimento do movimento grevista, uma vez que os novos profissionais poderiam assumir os postos deixados pelos trabalhadores grevistas. Mas Rondinelli esclarece que as nomeações não aconteceram como afronta e sim em cumprimento a um acordo antigo com a categoria.
O dirigente sindical mantém as boas expectativas em relação aos resultados da greve que segue por tempo indeterminado. Ele entende que a luta é difícil, sobretudo pelo posicionamento político dos atuais gestores que historicamente apontam para a desvalorização da educação:
O Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação já confirmou a realização de nova assembleia no dia 12 de março, para avaliação da greve e da adesão da categoria.