O Ministério da Saúde divulgou ontem à tarde um conjunto de medidas para evitar disseminação do novo vírus. Segundo o governo, sem a colaboração das pessoas o número de casos pode dobrar a cada três dias. As recomendações devem ser adaptadas de acordo com a realidade dos estados e municípios. Atitudes adotadas no dia a dia, como lavar as mãos e evitar aglomerações, reduzem o contágio pelo coronavírus.
O Ministério da Saúde recomenda a redução do contato social o que, consequentemente, reduzirá as chances de transmissão do vírus, que é alta se comparado a outros coronavírus do passado. As medidas gerais incluem o reforço da prevenção individual com a etiqueta respiratória (cobrir a boca com o antebraço ou lenço descartável ao tossir e espirrar), isolamento domiciliar ou hospitalar de pessoas com sintomas da doença por até 14 dias, além da recomendação para que pacientes com casos leves procurem os postos de saúde.
Os vírus respiratórios se espalham pelo contato, por isso a importância da prática da higiene frequente, a desinfecção de objetos e superfícies tocados com frequência, como celulares, brinquedos, maçanetas, corrimão, são indispensáveis para a proteção contra o vírus. Até mesmo a forma de cumprimentar o outro deve mudar, evitando abraços, apertos de mãos e beijos no rosto. Essas são as maneiras mais importantes pelas quais as pessoas podem proteger a si e sua família de doenças respiratórias, incluindo o coronavírus.
Para pessoas que fizeram viagens internacionais é indicado o isolamento domiciliar voluntário por sete dias, a partir da data de desembarque no Brasil. Caso apresente febre e tosse ou dificuldade para respirar é necessário procurar um posto de saúde. Há ainda o telefone 136, em caso de dúvidas. Nos casos das viagens de cruzeiro, o Ministério da Saúde determinou adiar a realização durante o período de Emergência de Saúde de Importância Nacional.
Eventos de massa podem ter sérias consequências para a saúde pública se não forem planejados e gerenciadas com cuidado. O Ministério da Saúde recomenda o cancelamento ou adiamento deles, se houver tempo hábil. Se não for possível, recomenda-se que o evento seja realizado sem público. Para áreas com transmissão comunitária/sustentada é recomendada a redução de deslocamentos para o trabalho. O Ministério da Saúde incentiva que reuniões sejam realizadas virtualmente, que viagens não essenciais sejam adiadas/canceladas e que, quando possível, que o trabalho seja realizado de casa (home office).
Para as instituições de ensino, é recomendado o planejamento de antecipação de férias, procurando reduzir prejuízos no calendário escolar, inclusive com a possibilidade de utilizar o ensino à distância. Poderá ser declarada quarentena quando o país atingir 80% da ocupação dos leitos de UTI, disponíveis para o atendimento à doença. A ocupação é definida pelo gestor local. As medidas também se estendem às pessoas para a diminuição da propagação do coronavírus. Cada um é responsável por ações para se manter saudável e impedir a transmissão da doença.
No caso de um novo cenário, em que a transmissão estiver alta, a mudança de comportamento e rotina será imprescindível no enfrentamento do coronavírus. Nesse sentido, adoção de horários alternativos para evitar aglomeração de pessoas é uma das recomendações, como fazer as compras e utilizar o transporte público, por exemplo, fora do horário de pico. Quanto à frequência nas academias, a orientação é de opção pelo exercício ao ar livre em vez de aulas de ginástica em locais fechados.
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