Porta entreaberta, um obstáculo na entrada e geralmente um pequeno cartaz informando que as condições são temporárias. Essas são as principais estratégias que vários comerciantes de Pará de Minas estão usando para driblar o decreto estadual que proíbe, neste momento, a atividade varejista.
Situações vistas na semana passada somente nos bairros se tornaram comuns também na região central, onde alguns segmentos abriram pelo menos uma porta, recebendo clientes separadamente.
Algumas lojas colocaram fitas para evitar a entrada dos consumidores, fazendo o atendimento do lado de fora. O atendente busca a mercadoria e mostra para quem está no passeio. A entrega em domicílio também passou a ser bastante oferecida por esses dias, inclusive sem taxa de entrega, mas o serviço ofertado tem encontrado pouca demanda.
O sufoco do empresariado se deve à necessidade de fazer dinheiro em uma situação inédita no país. O comércio já não vinha bem e agora parou de vez. E na semana que vem, tradicionalmente o funcionamento será menor diante das celebrações da Semana Santa. No fim de semana um grupo de comerciantes cogitou a possibilidade de fazer uma carreata e uma manifestação na porta da prefeitura, para pressionar a antecipação da abertura das lojas. No entanto, as mobilizações acabaram não acontecendo.
O prefeito Elias Diniz, assim como dirigentes de vários municípios mineiros, decidiram seguir o decreto estadual que mantém a quarentena até 7 de abril. Elias disse que reconhece os prejuízos sofridos pelo comércio, mas nesse momento a vida precisa estar em primeiro lugar. Por isso, somente os ramos essenciais continuarão abertos:
Foto: Prefeitura de Pará de Minas