O comércio quer e precisa reabrir as portas. Essa necessidade tem levado grande número de comerciantes a recorrer à Ascipam e à CDL Pará de Minas em busca de ajuda para o restabelecimento das atividades. O sufoco financeiro dos lojistas vai aumentando na medida em que avança a quarentena de prevenção ao coronavírus, em vigência por decreto estadual desde 23 de março.
A pressão financeira é tão grande, diante do vencimento de boletos, salários e outras despesas, que um grupo de empresários se reuniu na sede da Ascipam, na manhã desta quarta-feira (01/04), defendendo o retorno das atividades o quanto antes. O encontro atraiu comerciantes de diferentes ramos, todos com bastante experiência no varejo.
O principal questionamento deles diz respeito às restrições de funcionamento. Por que o comércio não pode abrir, se a indústria mantém suas atividades normais? Por que o comércio está fechado se supermercados, padarias e similares estão abertos? Por que o comércio não pode trabalhar se as pessoas continuam nas ruas, mesmo que em volume menor?
Os lojistas reconhecem que nesse momento de crise, em que a saúde deve estar em primeiro lugar, não se pode ignorar o vírus. Mas se a economia desandar de vez proporcionará um colapso maior que a própria doença. Segundo Marcílio Lopes, da Santa Cecília Modas, de braços cruzados ninguém mais pode ficar.
Renato Soares Aguiar, do Churrasquinho da Esquina, completa: “Precisamos de um plano de contingência para retomarmos o trabalho sem aglomeração e com respeito às normas constantes no decreto estadual”.
O presidente da Câmara de Pará de Minas, Marcílio Souza, ficou sensibilizado com os depoimentos ouvidos e se comprometeu a reforçar o apelo ao prefeito Elias Diniz, para que ele libere a reabertura das lojas com sistema especial de funcionamento.
Segundo o dirigente da CDL, Milton Ferreira de Oliveira, o momento exige bom senso, respeito ao próximo e acima de tudo, fôlego para quem gera empregos e está quase morrendo asfixiado.
Atendendo a inúmeras solicitações, Ascipam e CDL vão estruturar um projeto de restabelecimento das atividades varejistas para ser apresentado à Prefeitura e ao Comitê de Prevenção ao Coronavírus.
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