Cumprindo o que ficou definido em reunião dos lojistas, representantes da Ascipam e da CDL entregaram ontem ao prefeito Elias Diniz o ofício que solicita a reabertura do comércio lojista de Pará de Minas a partir da próxima semana.
O documento estava acompanhado de um abaixo-assinado em que o empresariado se compromete a normatizar o funcionamento de seus estabelecimentos dentro de rigorosas normas de higienização e vigilância, de modo a contribuir efetivamente com a prevenção da Covid-19.
No momento da entrega do ofício os presidentes da Ascipam e CDL, José Misael de Almeida e Nilton Ferreira de Oliveira, reforçaram o apelo dos lojistas afirmando que eles não suportam mais as portas fechadas e o peso das contas a pagar. A questão dos empregos também foi evidenciada, porque a única maneira de segurar os funcionários será com a retomada do varejo, mesmo que seja com funcionamento especial nesse período.
Os dirigentes das entidades classistas também acentuaram que o interesse de proteger a vida começa no próprio lojista, afinal ele precisa estar saudável e, ao mesmo tempo, garantir a saúde dos funcionários. Nessa sequência, claro, os cuidados com a clientela também serão prioritários, afinal o ambiente precisa estar alinhado.
José Misael disse que o empresariado sempre foi leal à sua vocação varejista e não seria diferente agora que a vida precisa de atenção especial. Segundo ele, o comércio é movido por pessoas vocacionadas e capazes de compreender a necessidade de conviver com medidas diferenciadas, mas também precisa sobreviver.
Por sua vez, Nilton Ferreira foi incisivo ao relatar que as portas fechadas impedem até mesmo o recebimento de contas. Os clientes querem pagar e não têm como. Por isso, o caixa continua vazio e o risco de demissões em massa se torna cada vez maior. Depois de ouvir todos os apelos, o prefeito Elias Diniz pediu prazo até a próxima segunda-feira ara dar um posicionamento.
Ele disse que compreende a situação desesperadora do varejo e, nesse fim de semana, vai estudar as reivindicações. Elias Diniz sinalizou a possibilidade de adotar flexibilidade dentro do decreto estadual em vigência, assim como de definir normas de atendimento aos clientes e outras medidas que viabilizem o retorno das atividades sem comprometer a mobilização preventiva à Covid-19.
Foto: Ascipam