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Comitê de Enfrentamento derruba a pretensão dos lojistas de reabrirem as portas hoje

07/04/2020

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Por 10 x 2 votos, o Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19 decidiu contrariamente à reivindicação do comércio lojista de Pará de Minas em reabrir as portas de imediato. A reunião durou em torno de duas horas e foi coordenada pelo prefeito Elias Diniz, que é o presidente do Comitê. Elias apresentou pareceres de especialistas da saúde, todos favoráveis à manutenção do isolamento social.

Segundo os laudos, o que vai impedir a acentuação do agravamento da curva de possíveis infectados do coronavírus é a restrição de pessoas nas ruas. 
Representantes da Ascipam e da CDL voltaram a defender que os lojistas têm plena consciência da necessidade de medidas preventivas rigorosas, já que são os principais interessados nisso, tendo em vista que o ambiente totalmente higienizado no interior de seus estabelecimentos é que vai garantir a saúde dos colaboradores e, por consequência, da clientela.

Foi abordada também a importância do recebimento das contas – boa parte do comércio lojista ainda mantém “notinhas de balcão”. Os dirigentes da Ascipam e CDL informaram, inclusive, que por conta própria vários comerciantes estão mantendo “meia porta” aberta pela extrema necessidade de receber dos clientes. 

Mas esses e vários outros argumentos não obtiveram o apoio dos representantes do Comitê que, na condição de órgão deliberativo, tem poder de decisão. 
Ao final da reunião, o prefeito Elias Diniz anunciou que Pará de Minas vai seguir o decreto estadual publicado pelo governador Romeu Zema, mantendo o comércio fechado até o dia 13 de abril. 

Segundo o prefeito, caso haja alguma mudança nas normativas estaduais o Comitê voltará a se reunir para discutir o assunto.

A questão da reabertura do comércio em Minas Gerais virou uma verdadeira queda de braços entre os órgãos públicos. Nas cidades onde as prefeituras autorizaram a retomada das atividades, o Ministério Público está cobrando explicações dos prefeitos.

É o caso de Nova Serrana que ontem, ao liberar a reabertura do varejo, recebeu uma notificação da promotora de Justiça Maria Teresa Damaso, orientando o prefeito Euzébio Lago a observar as determinações do Comitê Extraordinário Covid-19 de Minas Gerais. 
A promotora recomendou ao prefeito que aguarde pelo menos até 13 de abril  para liberar as atividades comerciais e industriais. Euzébio Lago tem 48 horas para responder.

E a pressão em cima dos prefeitos que estão autorizando ou mantendo fechados o comércio e a indústria está tão grande que dois deles já renunciaram em Minas Gerais. 
O primeiro foi Fernando Cabral, de Bom Despacho, alegando problemas de saúde. E agora o prefeito de Varginha, Antônio Silva, que renunciou ontem pela manhã alegando razões de foro íntimo.

A renúncia de Antônio Silva aconteceu um dia depois dele revogar o decreto que permitia a reabertura do comércio da cidade. 
Já a Federaminas, que é a entidade que representa as associações comerciais de Minas Gerais, está pedindo ao governo estadual a reabertura do comércio e recursos para o setor, a fim de evitar quebradeira e desemprego em massa.

Segundo a entidade, se o governo não flexibilizar medidas até 15 de abril, mais da metade das micro e pequenas empresas mineiras devem fechar e o número de desempregados vai passar de 3,5 milhões de pessoas. 
O governador Romeu Zema respondeu ao apelo, dizendo que pretende flexibilizar as medidas de confinamento para algumas cidades do interior de Minas. Deixou claro, no entanto, que as regras mais rígidas serão mantidas em Belo Horizonte.

A situação econômica do país ficou tão sério que a Federação Brasileira de Bancos divulgou um levantamento parcial dos pedidos de renegociação de dívidas protocolados nas principais instituições financeiras do país. 
Já foram contabilizados dois milhões de pedidos, que somam R$200 bilhões. As dívidas em questão passam por todas as linhas básicas de crédito, seja pessoal, imobiliário, com garantia de imóveis, para aquisição de veículos e capital de giro.

Foto: Prefeitura Municipal de Pará de Minas





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