Quem perdeu renda, teve contrato de trabalho suspenso ou ainda no caso dos empresários que continuam impedidos de retomar as atividades por causa da pandemia, está enfrentando um grande problema: o pagamento do aluguel.
O desemprego em massa, associado à queda brusca na renda do trabalhador, está deixando milhões de pessoas sem condições financeiras de arcar com suas despesas.
E o aluguel é uma delas, inclusive fazendo com que muitos inquilinos inadimplentes comecem a receber ameaças dos proprietários. Em defesa dessas pessoas a Assembleia Legislativa está analisando um projeto de lei para amenizar os problemas.
Mas enquanto o texto está tramitando, inclusive com perspectiva de mudanças no conteúdo, as empresas do mercado imobiliário aconselham a negociação. O delegado do Creci em Pará de Minas, Clodomiro Correia, mais conhecido por Mirinho, falou ao JM:
Mirinho também olha para os proprietários de imóveis que, muitas vezes, têm o aluguel como única fonte de renda:
Outra demanda que chega com frequência ao escritório do delegado do Creci é sobre os condomínios. Por causa da crise econômica, muitas pessoas estão sem condições de pagar o valor integral. A orientação do Creci aos síndicos é a seguinte:
Sobre a situação dos corretores de imóveis, ele admitiu que o setor também tem amargado queda brusca nas vendas. O ano chegou com boas expectativas, o coronavírus jogou um balde de água gelada nos sonhos de quem pretendia vender muito, mas o mercado já dá sinais de reaquecimento:
O otimismo de Mirinho pode ser confirmado pelos estudos de empresas especializadas em consultoria. Eles revelam que a maioria das pessoas continua disposta a investir em imóveis. Uma das pesquisas, realizada com pessoas na faixa etária de 40 anos, que é a que mais compra, constatou que entre os que têm desejo de adquirir um imóvel, mais da metade pretende fazer isso nos próximos meses.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM