Passageiros da Turi foram impactados ontem com a informação dada em primeira mão pelo Jornal da Manhã, de que os ônibus passariam a circular somente nos horários de pico, a partir das 6h e das 17h.
A decisão da empresa foi divulgada pela própria direção que vem contabilizando prejuízos altíssimos desde o início da pandemia do coronavírus. A concessionária já tinha perdido muitos passageiros para o transporte particular e com as medidas de distanciamento social a situação se agravou.
Mesmo depois que o comércio reabriu as portas o fluxo de passageiros não foi retomado no nível esperado pela Turi. Além disso, ela está proibida de transportar pessoas de pé, o que aumenta os custos das linhas.
Sufocada pela planilha que só vê os prejuízos aumentarem, a empresa admitiu nova redução do número de ônibus em circulação. Mas a ideia foi afastada ontem, durante reunião dos representantes com o prefeito Elias Diniz, parte de seu secretariado e alguns vereadores.
Diante das argumentações de que é preciso atender a população e que o contrato será renovado em breve, diretores da Turi garantiram que não haverá redução de linhas.
Segundo eles, houve um bom acordo com a prefeitura mas o assunto somente será abordado pelo prefeito Elias Diniz. A direção da Turi concordou em deixar a divulgação por conta do dirigente municipal.
Já a Câmara está empenhada em assegurar melhor prestação de serviços à comunidade. O presidente Marcílio Souza declarou que a preocupação dos vereadores vai muito além da manutenção dos ônibus nos horários de pico.
Segundo ele, a situação está ficando difícil o dia todo:
Ao apresentar a planilha de custos a Turi diz que o valor da passagem está defasado. A empresa pretendia reajustar a tarifa tão logo o contrato fosse renovado, o que ainda não aconteceu. E aí veio a pandemia, que vai dificultar ainda mais o aumento das passagens.
Foto: Arquivo Rádio Santa Cruz FM
