A funcionária da Prefeitura de Pará de Minas, acusada de destratar pacientes do programa de Tratamento Fora de Domicílio, mais conhecido pela sigla de TFD, foi afastada da função. Ela ocupava um cargo de gerente na Secretaria Municipal de Saúde e vai enfrentar um processo administrativo disciplinar sem remuneração, enquanto aguarda a apuração do caso. A informação foi confirmada pelo secretário Wagner Magesty.
Segundo denúncias, a funcionária tratava mal tanto alguns colegas, especialmente motoristas do TFD, como as pessoas que procuravam o serviço. O caso ganhou repercussão após a gravação de um vídeo, em que um motorista disparou críticas. Mas ela também foi denunciada no Ministério Público de Pará de Minas, junto à 1ª Promotoria de Justiça, responsável pela Defesa do Patrimônio Público.
Um cidadão, cujas iniciais são E.C.L, recorreu à promotora Juliana Ribeiro Salomão, dizendo que mesmo com séria deficiência visual esbarrou em dificuldade criada pela tal gerente, na busca de tratamento em Belo Horizonte. E.C.L disse que ela criou muitos embaraços, impedindo seu transporte para a capital, ferindo a lei que assegura atendimento de saúde aos cidadãos.
A promotora Juliana Salomão já encaminhou notificação ao secretário de Saúde, com prazo de 10 dias para ele esclarecer os fatos. Wagner Magesty informou, no entanto, que ainda não recebeu o ofício. Mas antecipou ao Jornal da Manhã a resposta que encaminhará ao Ministério Público. Magesty vai confirmar o afastamento dela para a instauração do processo administrativo.
Será informado também que a referida gerente sempre foi eficiente nas funções administrativas e que, de fato, surgiram queixas quando passou a exercer função mais próxima do público.
Ela não é concursada, ocupava cargo de confiança, e se ficar provada a má conduta não retornará às funções. O JM não publicou seu nome nesta matéria para não ferir a ética, tendo em vista que o processo administrativo está em curso.