Dois meses – esse é o prazo definido pela Agência Reguladora dos Serviços de Água e Esgoto de Pará de Minas (Arsap) de congelamento da tarifa de água na cidade. Pelo contrato assinado com a prefeitura a concessionária Águas de Pará de Minas tem direito de reajustar a conta anualmente, no mês de junho. Inclusive, o índice até chegou a ser definido há algumas semanas.
Mas aí veio a pandemia do coronavírus e a prefeitura solicitou o adiamento do reajuste. A Arsap concordou e negociou com a concessionária o congelamento por dois meses, no caso julho e agosto. O gerente da Arsap, Frederico Amaral, admite que esse prazo pode ser prorrogado. No entanto, a diretoria optou por aguardar os acontecimentos a fim de evitar idas e vindas nas decisões. Tudo vai depender da situação econômica do país, em decorrência dos prejuízos causados pela Covid-19:
O reajuste que deveria vigorar a partir do próximo mês seria superior a 7%. A Arsap levou em consideração que esse índice pesaria no orçamento familiar, ainda mais diante de tanto desemprego. Mas, por outro lado, ela também avalia que o adiamento dele por muito tempo será prejudicial aos consumidores, porque aí a fatura ficará muito alta depois:
E por causa da pandemia, a Agência Nacional de Energia Elétrica vai adiar os reajustes tarifários da energia até 2021, tanto para grandes consumidores como para clientes residenciais. Cálculos da agência previam um aumento médio de 11,51% neste ano, caso o setor não recebesse ajuda do governo.
O socorro chegou por meio de um decreto que ainda prevê a possibilidade das empresas do setor buscarem empréstimos junto aos bancos públicos e privados para compensarem perdas de receita e alta da inadimplência. Dessa vez o decreto e a Aneel deixaram claro que o consumidor residencial não terá aumento na conta de luz decorrente da ajuda do governo ao setor.
