A mineradora Vale anunciou que Pará de Minas voltará a ter uma captação de água constante a partir de julho, com a ativação da operação no Rio Pará. Com a poluição do Rio Paraopeba, a Vale teve de encontrar uma nova forma de fornecimento de água no município. A expectativa inicial era mesmo que a captação começasse em julho deste ano.
A capacidade do novo sistema será de pouco mais de 1 milhão de litros por hora, mesma vazão outorgada para o município no rio Paraopeba. A Vale desenvolveu e protocolou junto ao IGAM estudo que verificou a disponibilidade hídrica do rio Pará, para subsidiar o pedido de outorga do novo ponto de captação sem prejuízo do curso d’água.
A tubulação implementada terá aproximadamente 47 km de extensão e será formada por mais de 7 mil tubos de 6 a 12 metros de comprimento e diâmetro de 500 milímetros. Com exceção das travessias de rios e córregos, a tubulação será totalmente subterrânea para minimizar os impactos posteriores à obra.
Após a conclusão da obra e com o possível retorno da captação no rio Paraopeba, o município poderá ter sua capacidade outorgada mais que dobrada em relação ao que era antes do rompimento. Quando concluído, o empreendimento será entregue à prefeitura e poderá ser operado remotamente pela concessionária Águas de Pará de Minas por meio de um sistema completo de automação instalado.
As obras da Vale são compensatórias aos prejuízos causados pelo rompimento da Barragem B1, da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho. Em janeiro do ano passado aconteceu o rompimento da Barragem B1, da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho.
O desastre ambiental matou 270 pessoas e deixou milhares de desabrigados, além de comprometer seriamente o Rio Paraopeba e centenas de quilômetros de vegetação. No rompimento da barragem foram liberados cerca de 9 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro.
Foto: Prefeitura de Pará de Minas