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Testagem coletiva da Covid-19 em Meireles e outras regiões de Pará de Minas termina hoje e os números chamam atenção da Secretaria de Saúde

04/06/2020

A Prefeitura de Pará de Minas, através da Secretaria Municipal de Saúde, continua fazendo a testagem dos moradores de Meireles, distrito onde a empreiteira Bueno Engenharia constatou oito casos de Covid-19. A força-tarefa foi iniciada tão logo a empresa, que trabalha para a mineradora Vale, oficializou a informação. Segundo ficou acordado com representantes da empresa, nessa primeira fase todas as ações serão feitas pelo município.

Já na segunda fase, que ainda não foi definida, a Bueno deverá acatar instruções do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus. Existe a expectativa de nova reunião hoje, segundo foi antecipado pelo prefeito Elias Diniz. Os moradores estão preocupados a tal ponto que, mesmo sabendo da iniciativa da prefeitura, já apresentaram a proposta de mover uma ação judicial contra a Vale.

Eles alegam risco permanente desde março, quando fizeram as primeiras denúncias de descumprimento das normas sanitárias no canteiro de obras da empresa. 
E a preocupação dobrou de tamanho com a denúncia de um surto descontrolado em Itabira, que é o berço da Vale. Segundo publicação do site Observatório da Mineração, pelo menos 188 trabalhadores da mineradora foram diagnosticados com Covid-19, na semana passada, número que representa mais da metade dos 361 casos confirmados no município até agora.

Segundo dados fornecidos pelo Ministério Público do Trabalho, a Vale realizou 2.141 testes nos trabalhadores de Itabira. A procuradora do órgão, Adriana de Moura Souza, declarou que a situação naquela cidade é complicadíssima. Ela também denuncia que a Vale não está tomando as medidas necessárias, por isso a escalada da disseminação do vírus é muito rápida. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Mineração em Itabira, André Viana, também entrou no caso.

Ele declarou que a Vale tem se fechado, não se reúne com os trabalhadores e nega a realidade da situação, inclusive, nem informando os resultados diários dos testes feitos. Diante disso, já foi pedida a interdição das três minas da Vale em Itabira. Há denúncias também de que os terceirizados são os que mais sofrem, já que o tratamento dispensado a eles é diferente dos contratados.

A Vale rebate as acusações através do diretor executivo de ferrosos, Marcelo Spinelli. Segundo ele, a mineradora tem tomado todas as providências para proteger os trabalhadores, inclusive está trabalhando com um contingente mínimo de pessoas de forma a manter apenas as atividades essenciais com segurança.

De olho nessas informações é que os moradores de Meireles querem acompanhamento e relatos constantes de tudo que vem acontecendo no distrito. E os números vão chegar em breve, segundo antecipou o secretário de Saúde, Wagner Magesty.

Ele acredita que a testagem coletiva estará concluída ainda hoje, depois disso a equipe vai estruturar o gráfico sobre a nova realidade endêmica de Meireles e de Pará de Minas num todo, já que as testagens também estão acontecendo em outras áreas. Wagner também antecipou ao JM que esses levantamentos também estão apontando para o comportamento relapso da população:

E agora os números do coronavírus em Pará de Minas – boletim divulgado pela Secretaria de Saúde mostra crescimento acentuado dos infectados. Os casos confirmados subiram para 32, correspondendo a um aumento de quase 30% de um dia para outro. Já são 576 casos suspeitos, sendo que 82 pacientes estão em acompanhamento.

O vírus também avança rapidamente na região. Itaúna tem 17 casos confirmados e 9 suspeitos. Nova Serrana está com 18 infectados, duas suspeitas e um óbito em investigação. Divinópolis registra 199 casos confirmados e 49 suspeitos.

Igaratinga, Florestal e Pitangui tem um caso confirmado cada. Já em Bom Despacho são 11 confirmações mais sete suspeitas. Juatuba tem 5 confirmações e Carmo do Cajuru já registra 42 casos confirmados e 29 suspeitos.

A situação alarmante de Carmo do Cajuru pode ser explicada com uma das principais atividades econômicas da população. Muitos dos moradores ganham dinheiro vendendo rifas no país, sobretudo no nordeste brasileiro.

Os rifeiros costumam passar de 30 a 40 dias nesses estados vendendo toda espécie de rifas, depois voltam pra casa e descansam alguns dias antes de retomar as atividades.

Foto: Prefeitura de Pará de Minas





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